terça-feira, 29 de setembro de 2009

Diz que fui por Aí

Zé Keti

Composição: Zé Kéti e H. Rocha
Se alguém perguntar por mim
Diz que fui por aí
Levando um violão / debaixo do braço
Em qualquer esquina eu paro
Em qualquer botequim eu entro
E se houver motivo
É mais um samba que eu faço
Se quiserem saber / se volto diga que sim
Mas só depois que a saudade se afastar de mim
Só depois que a saudade se afastar de mim
Tenho um violão / p’ra me acompanhar
Tenho muitos amigos / eu sou popular
Tenho a madrugada / como companhei. . .ra
A saudade me dói / o meu peito me rói
Eu estou na cidade / eu estou na favela
Eu estou por aí
sempre pensando nela



segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Bonança

Se um dia é de tempestade, é certo que logo virá a bonança - pelo menos, para os otimistas.

Mas, a despeito das tempestades em minha vida, seria injusto reclamar quando um domingo me sorri. Um lindo domingo de sol, num sítio repleto de verde e ar puro, ao lado de pessoas que amo. Banho de sol na piscina, resultando em um leve bronzeado, boa comida, brincadeira com os cães e todas as delícias da vida. Para arrematar, no fim da tarde, roda de samba com minha irmã Joelma, minhas amigas Zan e Janete, e por fim, uma maldita caipirinha envenenada. Mas roda de samba sem isso não é tão roda de samba assim, não é?
Paguei o preço merecido pelo abuso. Fiquei ruimmmmmmm, ruim como poucas vezes me vi na vida. Nunca mais cometo excessos (será?). Ainda bem que pouco me lembro do que aprontei. E quando Joelma relata, eu digo: "Quero provas!" (risos)

Sei que cheguei em casa e apaguei. Mas eu mesmo me absolvo, neste caso. Havia uma necessidade urgente de relaxar, cair um pouco na vida, para esquecer dos apertos, dos sufocos que andaram envenenando o meu malandro coração nesses últimos dias.

Acordei hoje às 6 da manhã. Sem muito pra fazer neste horário, resolvi navegar pela rede, ver noticias e dar uma passadinha num site de relacionamento, onde caí de paraquedas na semana passada. E... acho que encontrei alguém. Áté aí tudo bem, pois estamos sempre encontrando alguém. Mas é muito bom quando a gente encontra alguém que consegue nos transmitir algo especial. E isso não acontece com frequência.

Bem, por enquanto só posso dizer que ela é linda, dona de um sorriso encantador e de um astral invejável, que, sem dúvida, fez minha semana começar de uma forma leve, agradável, formidável. Embora eu só a tenha conhecido há poucas horas, ela já fez por merecer estar presente nesse post.

Cris, talvez não tenha sido por acaso que esbarramos um no outro, na hora em que a manhã se iniciava e enquantos muitos ainda dormiam. Espero que possamos tomar umas por aí, e rir da mesma forma como rimos nesta manhã de segunda feira. Porque rir faz bem, traz de volta a nossa criança e colore a vida.

E já que o assunto é sorrir, permita-me um ousado comentário: seu sorriso ja me hipnotiza. Deu ate friozinho na barriga.
Bem-vinda à minha rede!


Mulheres

Martinho da Vila


Já tive mulheres De todas as cores
De várias idades De muitos amores
Com umas até Certo tempo fiquei
Prá outras apenas Um pouco me dei...

Já tive mulheres Do tipo atrevida
Do tipo acanhada Do tipo vivida
Casada carente Solteira feliz
Já tive donzela E até meretriz...

Mulheres cabeça E desequilibradas
Mulheres confusas De guerra e de paz
Mas nenhuma delas Me fez tão feliz
Como você me faz...

Procurei
Em todas as mulheres
A felicidade
Mas eu não encontrei
E fiquei na saudade
Foi começando bem
Mas tudo teve um fim...

Você é
O sol da minha vida
A minha vontade
Você não é mentira
Você é verdade
É tudo o que um dia
Eu sonhei prá mim...

Já tive mulheres
De todas as cores
De várias idades
De muitos amores
Com umas até
Certo tempo fiquei
Prá outras apenas
Um pouco me dei...

Já tive mulheres
Do tipo atrevida
Do tipo acanhada
Do tipo vivida
Casada carente
Solteira feliz
Já tive donzela
E até meretriz...

Mulheres cabeça
E desequilibradas
Mulheres confusas
De guerra e de paz
Mas nenhuma delas
Me fez tão feliz
Como você me faz...

Procurei
Em todas as mulheres
A felicidade
Mas eu não encontrei
E fiquei na saudade
Foi começando bem
Mas tudo teve um fim...

Você é
O sol da minha vida
A minha vontade
Você não é mentira
Você é verdade
É tudo o que um dia
Eu sonhei prá mim...

Procurei
Em todas as mulheres
A felicidade
Mas eu não encontrei
E fiquei na saudade
Foi começando bem
Mas tudo teve um fim...

Você é
O sol da minha vida
A minha vontade
Você não é mentira
Você é verdade
É tudo o que um dia
Eu sonhei prá mim...

Preciso dizer mais alguma coisa?


domingo, 20 de setembro de 2009

Domingo eu fui ao Maracanã

Lembrando do fantástico samba, eu canto:

" Domingooo eu fui ao Maracanã, fui torcer pro time que sou fã. Não levei foguetes nem bandeira, mas levei minha fé e meu coração ... "

Meu Mengo ganhou de 3 x 0 do Coritiba e foi só alegria. Aquela torcida é a melhor válvula de escape. A união rubro-negra que pulsa, contagia e faz aquela massa de milhares de torcedores explodir em raça, emoção e alegria. Todos ali são igualados pelo mesmo desejo de vitória. Não há pobre, não há rico, não há diferenças religiosas, políticas. Há uma alegria coletiva, que faz bem e exorciza a alma de todo o mal.
Aliás meu fim de semana foi só de alegria, roda de samba e cercado de pessoas amigas e alto astral. É assim a vida de um "malandro", entre a Lapa e o Maraca, errando pelas esquinas da vida ou no meio da multidão. O malandro é, no fundo, um nostálgico, um ébrio dessa cachaça chamada VIDA.

Agradeço aos meus protetores por sempre me indicarem caminhos alternativos nas horas difíceis. As horas difíceis também fazem parte da vida de um malandro. Mas são também elas que me dão consistência e aprendizado. E salve meus guias! Salve o Flamengo! Salve a vida exatamente como ela é!

sábado, 19 de setembro de 2009

Canção Áspera

Skank
Composição: Samuel Rosa / Chico Amaral
Não espere nada
Seja o que for
Estou só de passagem
Breve é o amor
Não espere o dia
Deixe como está
Sigo essa miragem
Não sei a razão
Não espere nada
Deixa assim então
Sei que o mundo é oco
Menos que a paixão
Não sou nada disso
São desejos seus
Não será difícil
Breve é o adeus
Vim com minhas noites
Vou sem seu perdão
Sigo essa miragem
Não espere não
It's a lonely way
It's a rugged song
I woke up today
I knew it would be long
Estou em paz com minha guerra
E o tempo que passou veloz e devagar
Estou em paz na tempestade
E nada aqui parece ser o seu lugar


A sensatez de Herbert Viana...



sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Amizade é um amor que nunca morre.

Mario Quintana

Blog da Marcinha já diz tudo

Estou aqui de passagem

Postado por Paulo Coelho em 17 de setembro de 2009 às 00:43

Um executivo da NY Telephone me conta um curioso encontro que teve - e que mudou muito sua maneira de pensar. Acostumado a viajar o mundo inteiro, chegou certa tarde ao Cairo, e resolveu encontrar-se com um famoso rabino que vivia por lá.

O rabino recebeu-o da melhor maneira possível, e passaram a tarde inteira conversando sobre os desígnios de Deus. Pouco antes de despedir-se, o executivo comentou com o rabino que ficara muito impressionado com a simplicidade da sua casa; apenas uma mesa com duas cadeiras, e uma cama.

“E o que você tem aqui?”, perguntou o rabino.

“Tenho apenas uma mala, mas – afinal de contas, estou aqui de passagem”, respondeu o executivo.

“Eu também”, disse o rabino. “Eu também estou aqui de passagem”.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Casado com a vida

Eu me ralo, me lanho, me lasco, dou a cara pra bater, mas não recuo da vida. Mergulho nela sem medo, vou fundo. E ela me castiga, às vezes, me arranca lágrimas, me escorraça, me põe à prova. Mas, no final, vem sempre me acarinhar, me oferecer uma bebida e mostrar novas saídas. Sabe por quê? Porque somos casados, eu e a vida. A vida é a primeira mulher de um malandro, sempre. A vida é meu amor bandido.

Eu tento acertar, tento andar em linha reta, tento ser homem de uma nega só. E até consigo, quando estou apaixonado. Mas aí vem ela, a vida, e me arrebata. Conspira e sempre dá um jeito de me desviar dos meus sonhos de amor, arranca-me as possibilidades de romances pacíficos, daqueles com sabor de fruta mordida, como dizia Cazuza. E travamos o seguinte diálogo:

Malandro: Vida, o que você faz comigo? Pra onde quer me levar?


Vida: Eu não faço nada, apenas aconteço. Eu te amo e você me ama, por mais que reclame de mim! Não importa para onde eu te leve.


Malandro: Mas eu quero a sorte de um amor tranquilo, de construir histórias comuns, com uma mulher comum...

Vida: Você é diferente demais para ter a sorte dos homens comuns. Você é malandro, você tem estrela, tem labaredas, é feito de inferno e céu.

Malandro: Mas eu quero ser um homem comum, porra! Pelo menos por algum tempo.

Vida: Às vezes, você parece se esquecer de que casou comigo, com a Vida. Esse casamento tem preço alto. Mas, por outro lado, tem suas vantagens.

Malandro: Me diz uma delas, por exemplo?

Vida: Já reparou como você se supera, a cada tranco que eu lhe dou? Já reparou como você ressurge das dores, dos problemas, das feridas, como uma fênix que nunca perde o prumo do voo?

Malandro: É... Se você diz... Fazer o quê? Continuar, né?


Depois de conversar com a Vida, lembrei-me das palavras da Marcinha, minha amiga-irmã, diante das minhas crises. “Marcio, é impressionante a sua capacidade de ressurgir das trevas, como uma fênix! Vejo você como um moleque levado que se joga na vida, cai, se rala todo, sente a dor, chora, e logo se levanta, pronto pra outra, como se não tivesse tempo a perder." Isso me fez refletir.

Pois então, Vida, aguarde-me! Lá vou eu! E vou com tudo, como um raio, e sem caixa de primeiros socorros! Quem se defende da Vida não aprende e não merece viver.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A TEMPESTADE



Eu encaro as tempestades de peito aberto, sou Malandro e nada temo.





Ela chegou em minha vida como uma tempestade, com força e beleza incomuns... Assustadora e ao mesmo tempo tão doce... Bem sei que toda tempestade devasta e provoca estragos. Mas, por outro lado, também renova, nos faz reconstruir e rever velhos conceitos.

Isso ela fez por mim: quebrou vários paradigmas, preconceitos e traumas, em curto espaço de tempo. Assim é a tempestade, com seus ventos fortes, seus relâmpagos indomáveis e trovões estrondosos.

Quanto aos estragos, agora não adianta chorar. É levantar a cabeça e recontruir meu mundo, hoje um mundo diferente, graças a ela, com novos sonhos, novos objetivos, enfim, com uma nova vida. Mais adiante, sei que reencontrarei novamente dias ensolarados e mais pacíficos.
Nana, tivemos poucos momentos, mas foram momentos mágicos. E vou te guardar com carinho pra sempre.

domingo, 13 de setembro de 2009

EU SOU FLAMENGO, EU SOU MALANDRO




Ser Flamengo
Artur da Távola



Ser Flamengo é ser humano e ser inteiro e forte na capacidade de querer. É ter certezas, vontade, garra e disposição. É paixão com alegria, alma com fome de gol e vontade com definição.


É ser forte como o que é rubro e negro como o que é total. Forte e total, crescer em luta, peleja, ânimo, e decisão.


Ser Flamengo é deixar a tristeza para depois da batalha e nela entrar por inteiro, alma de herói, cabeça de gênio militar e coração incendiado de guerreiro. É pronunciar com emoção as palavras flama, gana, garra, sou mais eu, ardor, vou, vida, sangue, seiva, agora, encarar, no peito, fé, vontade. Insolação.


Ser Flamengo é morder com vigor o pão da melhor paixão; é respirar fundo e não temer; é ter coração em compasso de multidão.


Ser Flamengo é ousar, é contrariar norma, é enfrentar todas as formas de poder com arte, criatividade e malemolência. É saber o momento da contramão, de pular o muro, de driblar o otário e de ser forte por ficar do lado do mais fraco. É poder tanto quanto querer. É querer tanto como saber; é enfrentar trovões ou hinos de amor com o olhar firme da convicção.


Ser Flamengo é enganar o guarda, é roubar o beijo. É bailar sempre para distrair o poder e dobrar a injustiça. É ir em frente onde os outros param, é derrubar barreiras onde os prudentes medram, é jamais se arrepender, exceto do que não faz. É comungar a humildade com o rei interno de cada um.


É crer, é ser, é vibrar. É vencer. É correr para; jamais correr de. É seiva, é salva; é vastidão. É frente, é franco, é forte, é furacão. É flor que quebra o muro, mão que faz o trabalho, povo que faz país."



SER FLAMENGO É SER MALANDRO


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Para a minha única "NONNA"




Graças a Deus, eu ainda tenho minhas avós, Tereza e Maria dos Anjos, vivas. Conto ainda com o carinho da minha vovó do coração Zilda. Mas NONNA eu só tive uma. E ontem ela partiu para um lugar melhor.
Quanto eu aprendi com essa senhora que caiu de paraquedas na minha vida, que nunca vi como uma sogra, mas como uma mãe. Até na hora de partir, mesmo com todo o seu sofrimento, partiu me ensinando.

Quanta saudade vou sentir de seus quitutes! Orgulho-me de ter sido seu herdeiro em muitas dessas receitas. Eram, sobretudo, receitas de amor.

Eu já sentia muita falta da "minha" NONNA, quando precisei me afastar de seu convívio diário. Sentia falta dos seus passinhos lentos no corredor; do barulhinho do leite que ela preparava pra Lillian às 15:00h - se isso era hora de acordar! hahaha; dos "gritos" - se é que se podia chamar aquilo de grito - com a Fada (a vira-lata safada); e até do "cocodrilo" que ela não conseguia pronunciar direito, não saia "crocodilo" de jeito nenhum.

Agradeço ao meu "amigo" por ter abreviado o sofrimento de minha Nonna, e por ter lhe permitido partir do jeito que sempre sonhou.

Tenho certeza que você agora está ao lado de seus amados, inclusive da mala da Fada.
A mim restou uma saudade enorme, com a qual conviverei até o último de meus dias, e as lembraças dos bons momentos que passamos juntos nesses 6 anos de uma sublime, afetuosa e intensa convivência.

Um beijo deste seu filho que sempre lhe quis muito bem.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Saudades de um Malandro...

Hoje fui pego de surpresa por uma flor de "Lys", que germinou um poema no meu jardim. A melhor forma que encontrei para agradecer esse inesperado presente foi publicá-lo aqui. Não é preciso dizer como fiquei feliz e tocado. É muito gratificante saber que a nossa passagem na vida de alguém não foi em vão e deixou boas e felizes marcas. Muito obrigado, Lys.



Às vezes sinto saudade...
De uma certa paixão...
Uma paixão linda...
Uma paixão Malandra...

Paixão que ficou perdida...
Malandramente esquecida...
Paixão com identidade...
Que virou gostosa e Malandra saudade...

Paixão Malandra da menina que fui um dia...
E quem dera hoje hoje, mulher completa,
Ser ainda essa menina Malandra e sapeca...

Saudade das suas palavras Malandras...
Do seu jeito Malandro...
Saudades de você, Malandro!

Beijuxxxxxxx !!!!!!

Marly (Lys)