sábado, 30 de maio de 2009

"O espírito se enriquece com aquilo que recebe. O coração, com aquilo que dá."
(Victor Hugo)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

BEIJO PARTIDO

Nana Caymmi
Composição: Milton Nascimento
Sabe, eu não faço fé nessa minha loucura
E digo
Eu não gosto de quem me arruina em pedaços
E Deus é quem sabe de ti
E eu não mereço um beijo partido
Hoje não passa de um dia perdido no tempo
E fico longe de tudo o que sei
Não se fala mais nisso, eu sei
Eu serei pra você o que não me importa saber
Hoje não passa de um vaso quebrado no peito
E grito
Olha o beijo partido
Onde estará a rainha que a lucidez escondeu?
Hoje não passa de um vaso quebrado no peito...
Nana Caymmi - O Beijo Partido




quinta-feira, 28 de maio de 2009

O mar que existe em mim

Uma das minhas paixões sempre foi o fundo do mar. Não podendo tê-lo, resolvi simulá-lo dentro de casa. Comecei bem cedo, com aproximadamente 14 anos, a me envolver com Aquariofilia. Com o tempo, os conhecimentos aumentavam e me acompanhavam.

Tive a ajuda de um saudoso amigo, que a vida tirou repentinamente do meu caminho, por conta de um tumor no cérebro - que Deus o guarde! Mas tudo que aprendi devo a ele. E nesta hora não poderia deixar de omitir seu nome, Antonio Baptista - o "Português", como era conhecido no meio. Por meio dele, conheci Domenico Giustino, o primeiro importador de peixes marinhos do país.

Com o apoio dessas duas feras, adquiri conhecimento bastante para trabalhar no ramo. Por alguns anos, inclusive, isso fez parte do meu sustento. Projetava e montava qualquer tipo de aquário. Mas gostava mesmo dos grandes. O maior que cuidei foi em Angra dos Reis, de 160.000 litros.

Meu último aquário era um sonho. Lindo. E me foi muito útil no quesito "atrair mulheres para a toca do Malandro". Era com esse pretexto que atraía minhas “presas”. Não havia quem não se encantasse com aquele pedacinho de fundo do mar.

O mar é a metáfora do mistério, da profundidade, da liberdade, da imensidão, da beleza verde-azul. E eu tenho o mar dentro de mim.

Abaixo, algumas fotos para ilustrar essa maravilha, que tantas saudades me traz.

terça-feira, 26 de maio de 2009

"Falsos e hipócritas são aqueles que tudo fazem com palavras, mas na realidade nada fazem."

(Demócrito)

Salve Santa Sara

" Temer o amor é temer a vida, e aqueles que temem a vida já estão praticamente mortos."
Bandoleiro
Ney Matogrosso
Composição: Lucina e Luli


Fossem ciganos a levantar poeira
A misturar nas patas
Terras de outras terras, ares de outras matas
Eu, bandoleiro, no meu cavalo alado
Na mão direita o fado
Jogando sementes nos campos da mente
E se falasses magia, sonho e fantasia
E se falasses encanto, quebranto e condão
Não te enganarias, não te enganarias
Não te enganarias, não!
Fossem ciganos a levantar poeira
A misturar nas patas
Terras de outras terras, ares de outras matas
Eu, bandoleiro, no meu cavalo alado
Na mão direita o fado
Jogando sementes nos campos da mente
E se falasses magia, sonho e fantasia
E se falasses encanto, quebranto e condão
Feitiço, transe-viagem, alucinação


domingo, 24 de maio de 2009

Salmão Grelhado


Se tem uma coisa que eu amo fazer e comer é frutos do mar. Aprendi a gostar de Salmão faz pouco tempo e, quanto mais simples, melhor degustamos o peixe.


Ingredientes:


Salmão:


Salmão em postas, com pelo menos 2 cm de espessura.

1 colher de sopa de manteiga.

3 dentes de alho.

Pimenta do Reino.

Sal.


Acompanhamento:

1 repolho cortado em tiras.

1 cebola.

2 dentes de alho.

1 colher de azeite de oliva.

1 cálice de vinho do porto.

sal.

ovos cozidos.


Mãos à obra:


Começamos pelo acompanhamento, que demora um pouco mais. Em uma panela, colocar o azeite, os 2 dentes de alho, a cebola picadinha, sal a gosto e deixar dourar. Próximo passo: colocar o vinho do porto e deixar ferver por pelo menos 3 minutos, para que evapore o álcool do vinho.

Acrescente o repolho picado e tampe a panela, mexendo sempre para apurar o sabor do tempero.

Com o repolho já pronto, vamos ao salmão. Coloque, em uma frigideira, a manteiga e deixe aquecer. Baixe o fogo ao mínimo. Coloque então a(s) posta(s) de salmão para fritar. Detalhe: o peixe deve ser virado apenas uma vez. Por isso, deixe-o fritar bem em fogo baixo para que não fique cru por dentro.

Arrume o Salmão pronto em um prato ou travessa, e, com a sobra da manteiga na frigideira, doure o alho bem picadinho. Lembre-se de que o alho deve ficar bem dourado e nunca queimado.


No mais: bon apetit!

Esse peixe, além de saudável, é delicioso...

Obs.: por possuir ácido graxo ômega-3, ajuda na prevenção de doenças cardíacas, além de aumentar o HDL, que contribui na redução do colesterol plasmático total.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ser sincero é tão natural, então por que não?



Eu vivo tentando compreender a falta de sinceridade no ser humano. Parece que, hoje em dia, ser sincero virou exceção, quando deveria ser a regra. E se assim é, estou em desvantagem. Paciência. Não vou ser o que não sou. Não vou fazer o jogo, até porque, quando se entra em um jogo, fica difícil sair dele. Novos e novos jogos serão necessários para manter a farsa criada.
Para mim, ser verdadeiro é uma coisa tão natural. Está na minha essência. Quando falo que gosto de alguém é porque tenho plena convicção do que sinto - e vice-versa. Não sou de rodeios. Sei que, algumas vezes, o sentimento atropela a razão. E eu deixo que ele atropele. Não que eu perca a razão, mas dou sempre prioridade à voz do sentimento, que, no final das contas, é o verdadeiro sábio.
Por esta razão, não costumo brincar com os sentimentos alheios. Eis algo que abomino. Muitas vezes me queimo, muitas vezes atraio a antipatia de um ou de outro por ser extremamente claro e não fazer rodeios, não enrolar. Mas, pelo menos, ao se lembrarem de mim, nunca poderão dizer que eu iludi, tripudiei, desrespeitei qualquer tipo de sentimento, ainda que não tenha podido corresponder.

Vivo a me perguntar por que certas pessoas tendem a fazer isso. Por que certas pessoas usam outras para passar o tempo, reforçar seu alter ego, testar sua capacidade de sedução, ou por tantos outros motivos menores? Acho que morrerei sem compreender. A única explicação que me vem à cabeça, para esse comportamento tão comum em nossos dias, é que deve haver muita insatisfação por aí. Quer saber? É mesmo melhor não compreender.

Continuarei do meu jeito. Pelo menos, ao final de cada dia, eu terei a certeza de que não me perdi de mim mesmo.


"Nossa atitude determina se devemos amar ou odiar, dizer a verdade ou mentir, agir ou adiar, avançar ou retroceder, e através de nossa própria atitude nós, e somente nós, decidimos realmente se vamos vencer ou fracassar."


Jim Rohn

Um anjo que iluminou a minha vida para sempre

Uma vez ouvi falar que o verdadeiro amor nasce da convivência. Mais tarde, teria a felicidade de poder comprovar isso. Mais especificamente no final de fevereiro de 2003, quando eu andava perdido no mundo, emocionalmente, profissionalmente, espiritualmente, de todas as maneiras. Parecia um tipo de limbo provisório. Mas eis que “Deus”, através de um chat, colocou em meu caminho um verdadeiro anjo. Logo de início, surgiu uma empatia ímpar, como se já nos conhecêssemos de outras vidas. Marcamos um encontro para falar sobre o assunto e sobre todas as coisas. E, como o destino sempre apronta e aponta, acabamos na minha casa, nos amando.

Apesar de insistir na ideia de não querer compromisso, fiquei encantado com o meu anjo salvador. Jamais havia sentido por uma mulher tamanha admiração em tão pouco tempo.
Generosa, inteligentíssima, refinada... Eu poderia passar um dia inteiro aqui enumerando as qualidades dela, e ainda seria pouco.

Tivemos um início de história um pouco conturbado. Mea culpa. Pra variar, eu e meus rolos habituais, além de uma paixão mal resolvida, atormentando o meu juízo. Mas meu anjo, como todo anjo, teve a capacidade de entender e superar todos os efeitos desses meus desacertos, e nossos encontros casuais se transformaram em namoro. E, em pouco tempo, no casamento mais duradouro e feliz que já tive.

Foram dias de muitas dificuldades, onde aprendemos a enfrentar juntos cada desafio que a vida nos impunha, mas sempre com a mais pura alegria e amor. Meu anjo ainda me trazia de presente duas lindas filhas e uma segunda mãe. Ganhei, de quebra, uma outra família. Vivemos tudo o que pudemos viver, da forma mais intensa, mais companheira, mais limpa e sublime. Entregamo-nos um ao outro de corpo e alma. Mas veio a vida cobrar seu preço. O dia-a-dia é implacável. E, muitas vezes, independente da grandeza de um sentimento, nos obriga a fazer escolhas dolorosas. E, de comum acordo, escolhemos trilhar caminhos diferentes.

De todas as separações que tive em minha vida, sem dúvida, esta foi a mais sofrida. Eu não estava perdendo ali simplesmente uma mulher. Perdia a melhor de todas as companheiras, perdia uma referência, uma família. O amor? O amor não se perdeu. E nem poderia, de tão grande que era. Ele permanece até hoje, em ambas as partes, só que de maneira diferente. Mudamos nossa forma de amor. Talvez hoje seja um amor além do amor, um sentimento que alcança dimensões mais cósmicas e infinitas. Um elo mágico do qual nunca pretendo me libertar.

Rosinha - é assim que eu a chamo carinhosamente ainda hoje -, você me transformou, em todos os aspectos de minha vida: como homem, como ser humano, como profissional. Tudo o que eu tenho agora devo a você, meu anjo salvador. De mim, você só terá o melhor. A sua felicidade é a minha felicidade, assim como a sua dor é também a minha dor. Que os deuses possam lhe proteger e guiar seus caminhos para sempre. Meu amor por voce é verdadeiro e eterno, e nunca haverá de morrer. Obrigado por ter aparecido na minha vida, meu Anjo.



terça-feira, 19 de maio de 2009

Pudim amarra coração


Dizem que o pudim que faço é imbatível, como não sou egoísta vou compartilhar esse 'doce sucesso' com vocês.

Ingredientes:

2 latas de leite condensado.
1 lata de leite de vaca.
10 gotas de essência de baunilha.
4 ovos.
2 xícaras de açúcar para a calda

Mãos à obra:

Antes de tudo, uma dica: o principal segredo desse pudim é o amor com que ele é feito, já que o resto é muito simples. Então, vamos lá:

Colocar o açúcar em uma panela e colocá-la em fogo baixo, mexendo ate que o açúcar derreta e fique da cor de caramelo. Nesse ponto, colocar meio copo de água, tomando o devido cuidado, pois a calda poderá espirrar. Unte uma forma de pudim com esta calda e reserve. Pré-aqueça o forno a 205 graus.

No liquidificador, bater o leite condensado, o leite de vaca, os 4 ovos e as 10 gotas de baunilha. Coloque a mistura na forma untada e leve-a ao forno em banho-maria.


Assar em fogo a 205 graus e, após 50 minutos, dar uma leve pancada no fogão para verificar a consistência - o pudim deve estar durinho, porém tremulando que nem gelatina. Quando estiver no ponto, retirar do forno, deixar esfriar e colocar na geladeira para depois desenformar.


Geralmente, ele é devorado em segundos. Por isso, não consigo especificar o numero de porções :)

sábado, 16 de maio de 2009

Histórias fervilham na minha cabeça

Lá pelo final da década de 90, meu lado de ‘Don Juan’ andava no auge. Tinha amores por todo lado, um para cada dia da semana. Mulheres de todo tipo - casada, noiva, enrolada – menos... solteira. Solteira não aparecia no pedaço, e isto fazia dos meus fins de semana um tédio.

Como, na época, eu viajava com frequência para Fortaleza, costumava entrar no canal #Fortaleza do mIRC para jogar meu anzol e espantar o tédio. Nessa incessante pescaria, fisguei duas moças lindas, uma com seus 27 anos e outra com 19. Por não gostar muito de mulheres muito jovens, optei pela de 27, à qual chamarei aqui de A.

No dia em que pousei em Fortal, fui logo fazendo contato com A. e, sem perder tempo, marquei um chope para aquela noite. Fomos a um boteco onde rolava um bom pagode de mesa. Música vai, musica vem, rolou o primeiro beijo. Depois disso, foi uma labareda só. Saímos mais umas duas vezes. Na última, cheguei em casa meio mareado, por conta de ter tomado umas a mais, e entrei na internet. Foi aí que meus "problemas" começaram.

Eis que R., a de 19 aninhos, me chamou em privado e, sem a menor cerimônia, foi logo me detonando: "Seu garganta, está em Fortaleza e nem me ligou!". Muito sem graça, inventei uma desculpa e combinei um chope para o dia seguinte. Marcamos no Iguatemi, em frente a uma loja de roupa famosa... - CLIQUE AQUI PARA CONTINUAR A LEITURA -

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Felicidade é um estado de espírito



Quando criança, costumava ir à praia com meu tio Nelson, grande figura. Sempre me mantinha atento aos seus ensinamentos, que geralmente vinham acompanhados de um provérbio ou dito popular. Até hoje me inspiro em seus simplórios, porém sábios, ensinamentos. Continuo levando à risca muitas de suas frases, como por exemplo: "É melhor um covarde vivo do que um herói morto".

Lembro, ainda, de quando me ele falava sobre a felicidade: "Temos que aproveitar todos os momentos de felicidade na vida, já que são só momentos e são raros." Esta reflexão, particularmente, me marcou muito. Fiz dela uma referência na minha passagem por esse mundo louco de meu Deus. Sim, a felicidade é rara e vem parcelada em breves momentos, momentos que agarro, como faz o mais atento e preciso dos goleiros diante possibilidade do gol.


Hoje, não sei bem se por acaso, fé ou persistência, vivi duplamente um desses momentos raros na vida. Fui feliz quando soube, pelo médico de minha mãe, que existe a enorme possibilidade de essa doença que a assombra, já há alguns anos, estacionar. E fui igualmente feliz por ter recebido o carinho de uma pessoa especial, de quem gosto tanto. Assim, vamos vivendo um dia de cada vez, aproveitando cada possível gotícula de felicidade que o momento pode oferecer. De momento em momento, se faz uma história, que pode valer a pena ou não, dependendo do nosso olhar. E ser feliz é tudo o que se quer...

Como diz o comercial de um certo cartão de crédito: "Isso não tem preço". E hoje este post vem em agradecimento aos meus protetores, que eles me abençoem sempre e aos que me rodeiam.

Fiquemos todos com "Deus".

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Toda música se torna inesquecível quando lembra alguém inesquecível

Se existe uma banda pela qual eu sou fanático, essa banda é o U2.

Moment of Surrender
U2

I tied myself with wire
To let the horses run free
Playing with the fire until the fire played with me
The stone was semi-precious
We were barely conscious
Two souls too smart to be in the realm of certainty
Even on our wedding day

We set ourselves on fire
Oh, God, do not deny her
It's not if I believe in love
But if love believes in me
Oh, believe in me

At the moment of surrender
I folded to my knees
I did not notice the passers-by
And they did not notice me

I've been in every black hole
At the altar of the dark star
My body's now a begging bowl
That's begging to get back, begging to get back
To my heart
To the rhythm of my soul
To the rhythm of my unconsciousness
To the rhythm that yearns
To be released from control

I was punching in the numbers at the ATM machine
I could see in the reflection
A face staring back at me
At the moment of surrender
Of vision over visibility
I did not notice the passers-by
And they did not notice me

I was speeding on the subway
Through the stations of the cross
Every eye looking every other way
Counting down till the pain would stop

At the moment of surrender
Of vision over visibility
I did not notice the passers-by
And they did not notice me


U2 - Moment Of Surrender

terça-feira, 12 de maio de 2009

Uma noite sem nome na vida de um Malandro

Em um sábado pacato, sem qualquer expectativa de diversão, navegando no então mIRC, eis que uma janelinha se acende. Lá estava escrito: "O que um Malandro faz em casa a essa hora, em pleno sábado?" E eu ingenuamente respondi: "Por quê? Você quer vir pra minha casa?" Acreditem, ela pediu meu endereço e eu dei. Cerca de 50 minutos depois, o interfone tocava. Era ela. Não sei quem foi mais doido nessa história, afinal nunca tínhamos visto um ao outro, nem por foto. Operação de risco.

Bem... Desci, abri a porta e, com a sorte de todo Malandro, notei que ela era uma gracinha. Já fui logo cumprimentando com um beijo na boca. Depois, subimos para a "Toca do Malandro" - nome de batismo dado pelos amigos ao meu apartamento.

Foi uma noite longa e quente. No dia seguinte, acordamos e desci com a bela, para colocá-la em um táxi. Quando voltei para casa, lembrei que não havia perguntado o nome dela. Vai ver a noite não pedia nomes ou nomenclaturas.

Foi uma noite louca, agradável, e que nunca mais se repetiu. Assim como ela apareceu, da mesma forma desapareceu, como num fantástico passe de mágica.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Pão Português - Folar ou Bôla





Particularmente no nordeste da região de Trás-os-Montes, em Chaves e Valpaços, o chamado 'folar' é muito conhecido. Preparado à base de massa fofa de pão e lêvedo, esta é uma receita de família, que tem sido passada de geração a geração. E eu, pra variar, resolvi modernizá-la.

Mãos na massa:


100 g de fermento fresco.
12 ovos.
150 ml de azeite de oliva.
1 xícara de água morna.
1 colher de sobremesa de açúcar.
1 colher de café de sal.
1 kg de farinha de trigo.



O recheio:


1 caixa de bacon.
1 linguiça tipo paio.
1 linguiça tipo portuguesa.
1 linguiça tipo calabresa.


Pique todo o recheio e reserve em um pote.


Mãos à obra:
Costumo usar batedeira ou panificadoras para processar a massa acima, mas ela pode ser sovada na mão também, ao modo tradicional.


Usando a panificadora, a batedeira ou as próprias mãos (para os mais esforçados), vá colocando os ingredientes dentro da massa (para quem usa panificadora: ligar na função 'massa'). Quando a massa estiver no ponto, acrescente todo o recheio picado e bata ou manipule mais um pouco.


Coloque porções da massa em formas de papel, do tipo daquelas usadas para panetones (importante: colocar a massa apenas até a a metade da forma, considerando que ela tende a crescer bastante). Deixe-a crescer por aproximadamente 50 minutos.


Com o forno pré-aquecido em 205º, coloque os pães para assar até que fiquem dourados.


Sirva-os com chá, cerveja, refrigerentes. É bem versátil.


domingo, 10 de maio de 2009

Para todas as mães


Parabéns às mães que têm filhos, às que criam filhos, às que adotam filhos, às que criam animais como filhos, enfim, a todas que sabem, na verdadeira acepção e essência da palavra, o que é ser MÃE. Ser MÃE é algo que vai muito além dos laços genéticos. É a manifestação primeira do AMOR.


Quero agradecer a "Deus" pela pequena melhora que a minha mãe vem apresentando. Já é algo bem significativo, e estou muito feliz com isso. Para os que não sabem, minha mãe, uma MULHER que criou seus três filhos com princípios de ética, dignidade, sem vícios, hoje sofre com o implacável Alzheimer e, por consequência, nos faz sofrer com sua ausência mental.


Minha mãe não nos deixou de corpo presente, mas sua mente está em outro plano, um lugar feliz, sem problemas, sem contas a pagar, deveres a cumprir, enfim, um lugar distante de todo o peso dessa engrenagem mundana.

Pelo dia de hoje, deixo aqui o poema abaixo.

Poema dia das mães:

Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Se o acaso existe, Eu sou o acaso

Há pessoas que passam por nossas vidas e nos marcam profundamente. Em 1997, quando fui a Fortaleza visitar minha filha, que lá reside desde os 2 anos de idade, tudo o que eu queria era fazer aquelas coisas corriqueiras que todo pai faz: dar atenção, levar e pegar na escola, comprar besteiras, etc.


Logo no início de minha viagem, fui buscá-la na escola e, voltando os dois a pé para casa, parei em uma pequena papelaria do bairro, pois minha filha queria uma caixa de giz. Fui atendido por uma linda morena, que me deixou totalmente desnorteado. Desde então, parar e olhar a vitrine dessa papelaria virou rotina. Todos os dias ia pegar minha filha A. na escola e, no caminho, parava para apreciar a "vitrine" da papelaria. Sabendo do estado civil da linda morena, tive que me contentar apenas em olhar. Vinte e cinco dias se passaram e retornei ao Rio. Logo no segundo ou terceiro dia em casa, meu ex-cunhado, parceiro de saídas em Fortaleza, me chamou em pvt no mIRC e disse: "Conheci uma menina linda aqui em Fortaleza, advinhe quem é?" É isso aí mesmo: era a linda morenda da papelaria. Assim, pela internet, passamos a trocar agradáveis conversas, que por vários dias se repetiram, até que, de repente, sem mais nem menos, ela sumiu. Sem poder fazer contato por telefone, guardei com carinho os momentos que virtualmente passamos juntos.


Quando essa história parecia ter tido um fim, eis que, 5 anos depois, ela reaparece - e em um momento muito importante de minha vida. Eu queria fazer uma surpresa à minha filha A. e chegar em Fortaleza, sem avisar ninguém. E isso só se tornou possível graças à gentil hospedagem da linda morena. Cheguei no dia do aniversario de A. Era uma sexta-feira - lembro perfeitamente - , e ela aguardava ansiosamente pelo meu presente, que sempre seguia via SEDEX. Mas desta vez foi diferente. Eu era o SEDEX. Cheguei à porta e gritei: "SEDEX!" Foi uma emoção indescritível ver a alegria de A. naquele surpreendente momento.


Mas o melhor ainda estava por vir. A noite chegava, e eu estava louco para ver , abraçar e sentir minha linda morena. Horas depois, fui para a casa dela, tentar realizar esse desejo. Foi um encontro mágico. Não esqueço um só detalhe: a madrugada entrando, o som tocando, a rede embalando nossos carinhos. Foram três dias inesqueciveis ao lado dela. Valeu demais.


Até hoje tenho o CD do U2, as fotos e, principalmente, um carinho enorme pela mais bela morena que ja tive em meus braços.





Eu nunca esqueço as pessoas importantes que passam pela minha vida.

Segredos

Mais uma do meu poeta favorito

Frejat
Composição: Frejat

Eu procuro um amor
Que ainda não encontrei
Diferente de todos que amei...

Nos seus olhos quero descobrir
Uma razão para viver
E as feridas dessa vida
Eu quero esquecer...

Pode ser que eu a encontre
Numa fila de cinema
Numa esquina
Ou numa mesa de bar...

Procuro um amor
Que seja bom prá mim
Vou procurar
Eu vou até o fim...

E eu vou tratá-la bem
Prá que ela não tenha medo
Quando começar a conhecer
Os meus segredos...

Hum! Hum! Huuuum!...

Eu procuro um amor
Uma razão para viver
E as feridas dessa vida
Eu quero esquecer...

Pode ser que eu gagueje
Sem saber o que falar
Mas eu disfarço
E não saio sem ela de lá...

Procuro um amor
Que seja bom prá mim
Vou procurar
Eu vou até o fim...

E eu vou tratá-la bem
Prá que ela não tenha medo
Quando começar a conhecer
Os meus segredos...

Hum! Hum! Huuuum!...
Hum! Hum! Huuuum!...

Procuro um amor
Que seja bom prá mim
Vou procurar
Eu vou até o fim...

Eu procuro um amor
Que seja bom prá mim
Vou procurar
Eu vou até o fim...




quarta-feira, 6 de maio de 2009

A Era mIRC 1

Em 1997, aproximadamente, eu iniciava minha vida virtual usando o nick Malandro_RJ. Assim ingressei na coqueluche da época: um sistema de chat chamado mIRC. Marinheiro de primeira viagem, fiquei maravilhado quando entrei na sala #riodejaneiro, do servidor Dalnet.


Não foi difícil, para mim, fazer logo novas amizades e marcar meu primeiro encontro. Mas esse programa, que era o que havia de mais badalado na época, tambem era traiçoeiro. Na inocência virtual dos primeiros tempos de internet, éramos levados a acreditar no perfil que nos era apresentado, bem como nas fotos que nos enviavam. E era aí que morava o perigo: as fotos, na maioria das vezes, não condiziam com a realidade.


No meio de toda essa empolgação, marquei o meu primeiro encontro, ou o meu primeiro risco, partindo da premissa de uma foto como única referência. Assim, parti para os lados de Copa para encontrar aquela que usava o nick de pequenaruiva_rj. E lá fui eu, todo animado com a ideia do meu primeiro encontro real a partir do virtual. Cheio de expectativas.


Quando cheguei ao endereço de destino e olhei a figura da dita cuja na portaria, juro que tive vontade de acelerar o carro e fugir. A pequena de pequena so tinha o nick. A foto devia ser de uns 10 anos atrás. E ela deveria pesar, brincando, uns 30 kg a mais do que mostrava a foto.


Como bom "Malako", parei, desci do carro e, cordialmente, abri a porta para que ela entrasse. Fomos ao Sindicato do Choop de Copacabana. Superado o impacto inicial, posso dizer que tivemos um noite agradável e gostosa, tomando umas e papeando sobre amenidades diversas. No final, levei-a para casa com a certeza de que, apesar de não ter sido o encontro imaginado, fiz uma boa amizade. E confesso que talvez tenha sido muito melhor assim do que se tivesse me deleitado com programas efêmeros de uma noite só.


O mais interessante disso tudo foi a surpresa que tive ao chegar em casa e me conectar à internet. Quando entrei na sala que frequentávamos, quase todas as meninas do canal (as salas eram chamadas de "canal") vieram me chamar em privado, dizendo que queriam me conhecer. A pequenaruiva_rj já havia divulgado suas impressões sobre a minha pessoa, descrevendo-me como um cara elegante, cavalheiro, inteligente e de bom papo. E a fama pegou.


E assim começou a lenda do Malandro que aqui vos fala...

terça-feira, 5 de maio de 2009

A arte do encontro

Acho que poucas frases foram tão perfeitas quanto a do nosso eterno Vinícius de Morais: "A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desecontro pela vida." Encontrar alguém é sempre uma felicidade. Não importa se esses encontros são breves, não importa se esses encontros acabem em desencontros, não importa a hora, a forma e o lugar de encontrar.

Minha vida foi - e continua sendo - uma sequência de encontros. Em cada um, uma história, um aprendizado, uma descoberta ou, no mínimo, boas gargalhadas. Ultimamente, tenho encontrado muitas pessoas - e desencontrado também. Essas pessoas, independente de sua importância e de seu tempo de passagem, ajudam a escrever minha história, ajudam o Malandro a crescer. Enfim, seja nas mesas de bar, no meio da rua ou no limitado - mas não menor - espaço virtual, cada encontro é uma dádiva.

Há encontros que ficam para sempre, outros que duram apenas o tempo necessário para cumprir sua missão, e ainda há aqueles que vão e voltam. Seja como for, agradeço a presença de cada pessoa que encontrei durante todos esses anos. Nenhuma delas passou por mim em vão. Espero que muitos outros encontros aconteçam. É muito bom conhecer e descobrir alguém.

Futuramente, neste blog, terei oportunidade de falar sobre alguns encontros marcantes em minhas andanças; encontros que, por seu poder de transformação na vida deste Malandro, merecem ficar registrados.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Carioca da Gema e Baiano da Clara

Costumo dizer por ai que sou um carioca da gema e um baiano da clara, pois tenho verdadeiro fascínio pela culinária baiana. E isso me leva a criar variações personalizadas das receitas típicas daquele estado.




Apresento aqui uma delas:


Ximxim de Galinha:


2 kg de Sobre coxas

2 kg de camarão limpo fresco

150 ml de azeite de dende
2 cabeças de alho

1 cebola grande

1 pimentão grande

1 tomate grande

1 maço de cheiro verde

Sal a gosto





Mãos à obra :

Picar o alho, a cebola, o pimentão, o tomate, muito bem picadinho. Em uma panela de barro ou ferro, colocar o azeite de dendê para aquecer. Quando estiver bem quente, acrescentar os temperos picados e o sal, e mexer até dourar.

Acrescente o frango, já limpo e sem pele, ao tempero dourado.

Frite, por uns 5 minutos, esses pedaços de frango, até ficarem levemente dourados. Separe uma porção de camarão (aproximadamente 300g) e, junto com o cheiro verde, bata-a no liquidificador. O resultado será uma pasta esverdeada (caso se faça necessário, acrescente um pouco de água, ou mesmo leite de coco, para ajudar na liquefação)

Introduza essa pasta à panela com o frango e os temperos e deixe tudo cozinhar, até o frango ficar bem macio, quase se soltando do osso.

Por fim, acrescente o camarão e, em no máximo 10 minutos, sirva bem quente com arroz branco e farofa. E bon apetit !


domingo, 3 de maio de 2009

Meu Mundo é o Barro

Depois de um fim de semana prolongado e espiritualmente fortalecido, posto essa música, que alguns amigos dizem ser a minha cara. Confesso que também acho. É minha banda predileta.

Meu Mundo é o Barro
O Rappa

Moço, peço licença
Eu sou novo aqui
Não tenho trabalho, nem passe, eu sou novo aqui
Não tenho trabalho, nem classe, eu sou novo aqui

Eu tenho fé
Que um dia vai ouvir falar de um cara que era só um Zé
Não é noticiário de jornal, não é
Não é noticiário de jornal, não é

Sou quase um cara
Não tenho cor, nem padrinho
Nasci no mundo, sou sozinho
Não tenho pressa, não tenho plano, não tenho dono

Tentei ser crente
Mas, meu cristo é diferente
A sombra dele é sem cruz, dele é sem cruz
No meio daquela luz, daquela luz

E eu voltei pro mundo aqui embaixo
Minha vida corre plana
Comecei errado, mas hoje eu tô ciente
Tô tentando se possível zerar do começo e repetir o play

Não me escoro em outro e nem cachaça
O que fiz tinha muita procedência
Eu me seguro em minha palavra
Em minha mão, em minha lavra